Sorriam a todo momento, intercalados.
Não havia som; também, não que fosse necessário.
No vácuo, onde duas belas criaturas entreolhavam-se, sentia-se apenas intensos sentimentos transportados através de distantes e invisíveis estímulos nervosos.
Apesar da tremulação transparecida nos globos oculares, enxergavam bem.
Ouvir não era possível, assim como não era impossível. Afinal, sons são todos frutos daquela nossa massa cinzenta pensante; a mesma que abriga nossos sonhos. Além disso, cá entre nós, não há impossibilidades lá..., aqui.
O que importa, é que continuavam a sorrir enquanto ouviam o inaudível cântico sacral.
Tudo é possível; tudo é amor.
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