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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Desprotegido

Ali, em cima da minha cabeça, já houve um teto.
Eu continuo aqui deitado, observando, entre os vãos daqueles pedaços de madeira podre, o tenebroso e infinito céu; calado.
Tal imensidão me assusta, acredita?
Já creio ser um nada nisso tudo; no mundo.

Eu cá, totalmente desprotegido. Em meio aos lençóis, somente meu corpo aturdido movimentando-se de cinco em cinco segundos para achar uma posição mais confortável.

Menos desconfortável, para ser sincero.
“Em breve, tudo se acaba” - pensei.
E quando cair sobre mim o magno tormento e a chuva, quem poderá me oferecer ajuda? Será que os vãos estarão ali ainda... ou o teto já terá se recomposto?
Uma hora ou outra, clamarei por proteção. Aí você escolhe se vem me salvar; ou não.


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