Há pouco tempos atrás amiga questionou sobre a "inspiração" para meus textos. Ela comentou que tinha a impressão que sempre escrevo com base na observação de coisas que acontecem ao meu redor. De certa forma, é bem isso mesmo. Traduzo em palavras o que vejo, escuto ou mesmo o que sinto. Os textos são resultado de minhas observações, vivências. E as conclusões, posicionamentos que tenho, fruto do aprendizado, leituras e experiências - até mesmo de outros.
Na verdade, a vida nos concede diariamente muitas oportunidades de aprendizagem. Basta se dispor a ouvir os "sons" do mundo. Tudo nos ensina. Desde as conversas mais banais até as tantas vezes que nós, ou pessoas próximos de nós, "quebram a cara". Quando queremos parar, observar temos a chance de refletir, logo, aprender.
Dia desses conversei com uma pessoa sobre seu relacionamento. De alguma forma, ela tem estado um tanto ausente e não dá conta de demonstrar seus sentimentos de maneira a fazer a outra pessoa se sentir segura - ou tranquila na relação. Ela concluiu: "acho que nunca aprendi a amar".
Brinquei que o tempo em que está convivendo, dividindo sua vida com outro alguém, certamente já pôde ensinar muita coisa. Inclusive a maneira de amar, demonstrar amor. E completei que para isso bastaria observar um pouco mais seu modo de agir e o modo de agir do outro. A observação ensinaria. E muito. Acrescentei que se não buscasse esse aprendizado nunca seria feliz.
Sei que o ato de parar e contemplar está fora de moda. A gente nunca observa na busca por aprender algo; observa-se para apontar erros, criticar. Entretanto, inverter essa lógica pode ser o começo de uma forma nova de viver, de entender de gente, da comunidade em que vivemos e do mundo que transcende o nosso umbigo.
NB
menino... até pouco tempo pensei que você estava escrevendo somente pq estava em uma fase ruim. agora vejo que não somente isso, você está expondo situações de várias pessoas
ResponderExcluirmais uma vez parabéns!!!